Jô Soares: escritor.
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- - - de Rafael, para o na Vitrine.
O botija mais simpático (leia-se pernóstico) da TV adentrou pelo cerebrino mar da literatura e, pela nobilíssima Companhia das Letras, lançou duas obras primazes.
Acho que me saí bem dando uma de Jô Soares. Quem sabe. Dizem que estilo não se discute...
Independente do vocabulário, eu não diria rebuscado, mas arcaico mesmo, mal-usado e de estrutura repetitiva, O Xangô de Baker Street e O Homem que Matou Getúlio Vargas conseguem, ainda assim, um lugar ao sol. Eu mesmo gostei bastante de ambos. Até cheguei a rir em alguns momentos. Mas, sinceramente, ô carinha enjoado esse Jô!

Quando um violino Stradivarius é roubado , deixando o imperador dom Pedro II em maus lençóis, sua famosa amiga Sarah Bernhardt o indica um não menos famoso detetive: Sherlock Holmes. Isso mesmo, as lendárias personagens de sir A. Conan Doyle vêm parar em terras tupiniquins para desvendar os crimes do primeiro serial killer da história. Trazendo de forma fictícia-porém-real personalidades como Chiquinha Gonzaga e Olavo Bilac, Jô faz uma reconstrução bastante plausível do passado de nosso país e até das possíveis origens de certas particularidades brasileiras, como a inesperada invenção da caipirinha pelo doutor Watson. A mistura de realidade e ficção caiu muito bem. Além da paródia à literatura policial. No entanto, devido aos motivos expostos acima, o filme é melhor.

O livro é quase tão divertido quanto o anterior, pelos mesmos motivos. Dimitri é um assassino de tiranos extremamente azarado. Teria sido ele quem quase matou o arquiduque Francisco Ferdinando, o presidente Roosevelt... Além de topar outras personalidades como Marie Curie e Al Capone. Ótima reconstrução épica e engraçado em certos pontos.
Aliás, que o cara é inteligente, disso poucos teriam dúvida. E, no final, eu acredito que o saldo seja positivo. É um livro pra se ler, guardar, e depois, nunca mais. Tenho dito.
3 comentários:
É, pra ser franco nem do programa dele eu gosto. Agora, o livro? Só se for emprestado, comprar acho que não.
Hoje em dia ele chega a apelar até pra essas piadinhas prontas que se recebem no e-mail.
Prefiro assistir ao programa da Marilia Gabriela Entrevista, mesmo ela nunca tido escrito um romance =)
então, eu gosto dos dois livros, xango é a unica encarnação do sherlock que eu suporto, mas verdade, prefiro o filme. O homem... é ainda mais divertido, e o melhor é que você perde a noçao que quem escreveu foi o jô. fica aquela duvida, se ele é tão engraçado em escrito pq consegue ser tão *pernostico*(desde quando isso é ruim?) ao vivo.
quanto ao rebuscamento, eu como uma escritora preciosista entendo o q assalta o escritor, vc quer por quer passar seu eruditismo ao leitor e peca por exagero. talvez seja mal de pernosticos. embora, eu ache que nos ultimos tempos uma tendencia informal tenha se arrebatado d mim e eu nem ando ligando pressas coisas.
que bom que o filme é melhor, eu já assisti duas vezes e gostei muito XD
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