sábado, 6 de setembro de 2008

The Ting Tings

- - - de Rafael, para o na Vitrine.

Sabe quando você conhece uma banda e simplesmente não consegue parar de escutar? De repente, todas as outras músicas (do mundo!) soam chatas e obsoletas e apenas essa nova descoberta parece refletir o que realmente você está sentindo? Assim aconteceu comigo e com The Ting Tings, um dueto britânico formado há dois anos, mas que só agora, em maio de 2008, lançou seu primeiro disco. Sucesso de vendas na Inglaterra (e, veja, a Inglaterra atualmente parece ter sucesso de vendas: a concorrência por lá não anda muito fácil), os Tings têm tudo para tornarem-se reconhecidos internacionalmente. Aliás, o dueto já deu o ar de sua graça com músicas próprias em seriados importantes, como One Tree Hill e Gossip Girl.

É claro que eles não seriam outra coisa que não indies. Bandas de dois integrantes hoje em dia teriam de rebolar muito para não se enquadrarem nesta classificação (mas, por favor, não confundam banda com dupla sertaneja). De qualquer forma, o disco recém-lançado We Started Nothing mostra uma banda que já chegou para ficar, com músicas maduras e quase todas prontas para tornarem-se hits. Nada de musiquinhas chochas para fechar o CD por aqui. São poucas e curtas, verdade, mas não vejo nisso demérito. Pelo contrário.



Temos Great DJ abrindo o set-list, dançante, empolgante, com Katie White (vocalista, guitarrista e baixista) levando o refrão numa adorável “batida gutural”, ou que chamem isso do que quiserem. That's not my name encabeça as listas de sucessos do momento, também dançante, mas com um desafio implícito até no quê de deboche da música. Katie e seu timbre forte impressionam. Mas engana-se quem até aí acreditou que a banda é Katie e Katie é a banda. Os arranjos e a tessitura musical destacam-se principalmente na atmosfera muito bem apresentada de Fruit Machine. Jules de Martino (baterista, guitarrista e vocalista) mostra-se responsável por uma batida bem-definida, dançante e empolgante, mas não tão óbvia como pode parecer. Recursos sutis, mas fundamentais, tiram a banda da mesmice. Merece atenção também a inusitada Traffic Light. Chego a me perguntar o que uma baladinha tão cute-cute está fazendo no meio desse CD. Os Tings mostram-nos que música eletrônica também pode ser eclética.

Influências de bandas como Le Tigre, Franz Ferdinand e White Stripes são nítidas, sobretudo no clipe de Shut Up and Let Me Go. Vale a pena dar uma conferida.


Segundo a Wikipedia, o nome da banda surgiu em uma conversa de boutique entre K. White e uma amiga chinesa. A amiga teria dito a Katie que, em mandarim, o “nome”* significa “antigo coreto”. No entanto, é possível que o significado japonês do termo – pênis pequeno e engraçadinho – tenha de certa forma contribuído para chamar a atenção do público, sobretudo o oriental.


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* Não sei a quê extamente se refere.

Um comentário:

Flávio A disse...

é legal, mas enjoa fácil.
*brincadeira*

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