domingo, 9 de dezembro de 2007

Some Kind of Wonderful





- - - de _Tereza para o na Vitrine.















Jonh Hughes é o diretor/produtor/roteirista por trás de grandes clássicos teens dos anos 80, como Gatinhas e Gatões (Sixteen Candles), Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller´s Day Off), O Clube dos Cinco (The Breakfast Club) e Mulher Nota Mil (Weird Science). Seu estilo influenciou toda sua geração e a seguinte, sendo que seus clichês se encontram desde Te pego atrás da escola, Patricinhas de Beverly Hills e até o mais recente Mean Girls.




Dito isso, eu sempre me senti um pouco alienada que meus dois filmes favoritos do gênero, embora influenciado por Hughes, não têm ligação direta com ele. Namorada de Aluguel e O Menino que Sabia Voar são dois filmes "menores" o segundo até divergindo pra uma semi-fantasia, mas eu não posso evitar, a romântica dentro de mim adora um Peter Pan e tem uma certa coisa por cemitérios de avião. Na minha opinião, "Namorada ..." tem a melhor cena final da história do cinema e a trilha sonora tem até Beatles.



A maioria das pessoas que eu conheço considera Ferris o melhor do gênero, e eu nunca neguei isso, é muito bom, só não é o meu favorito. E depois que eu vi Pretty in Pink eu cheguei a conclusão que prefiro Hughes como lançador de tendencias do que como cineasta. Isto é, até ontem.



A primeira vez que eu ouvi falar em Some Kind of Wonderful (que em português tem o tosquíssimo nome de Alguém Muito Especial) foi em Gilmore Girls, a Lorelai descrevendo o filme e apontando como um dos seus favoritos, junto de The Way we Were e Nasce Uma Estrela. Bom gosto indiscutível. Some Kind of Wonderful é oposto complementar de Pretty in Pink. Ou seja, é bom.


Ambos os filmes tem como foco um triangulo amoroso, entre o protagonista, classe média baixa americana com tendências artistícas, o objeto de desejo dele, popular e/ou rico cercado de babacas, e o melhor amigo, que de repente se descobre apaixonado.





As diferenças são basicamente de gênero e de tom. Some Kind of Wonderful é sobre um menino e duas garotas e é provavelmente o filme mais sério de Hughes e Pretty in Pink, o vertice é uma menina e ainda é dado a cenas bobas ou surreais.







Eu acho que o fato de SKoW ser tão melhor pra mim é que é muito mais fácil de me identificar com a tomboy, que é apaixonada pelo melhor amigo, que por sua vez é apaixonado pela menina mais popular da escola, do que alguém que está presa entre dois babacas, o melhor amigo que é o tipo de patinho feio que nunca vira cisne, e o covarde mor da escola, que convida e depois desconvida ela pro baile, supostamente porque ela é pobre. E eu devo achar isso bonitinho, romântico? Idiota isso sim.


O engraçado é que a melhor amiga, Watts (Mary Stuart Masterson) é muito mais bonita que a popzinha Amanda Jones ( Lea Thompson), mas isso pode ser porque eu sou total sucker por meninas de cabelo curto. O protagonista, Keith Nelson (Eric Stoltz), também é all kinds of hot, e olha que eu nem gosto de ruivos, mas fazer o quê, ele é parte pintor, parte mecânico e tem uma cena que focalizam nas mãos dele sujas de graxa que simplesmente, ai ai.

Todos os tres atores tem química das melhores, e todos dão performances acima da média, mas é Masterson que rouba o show, toda cena em que ela aparece é impossivel desviar atenção pra outra coisa. Ela mostra despespero e paixão não corespondida com graça e dignidade dificeis de alcançar. E ela é simplesmente adoravel.


Os coadjuvantes são top de linha. O pai, mistura de orgulho e preocupação tem um gosto de realidade dificilmente apresentado em filmes do gênero, e a irmã pentelha é o alivio cômico na medida certa. Mas o meu favorito é o Duncan, a princípio bully que no final se torna amigo do nosso herói.



O filme é um romance, sim, mas é também sobre as coisas que você deve fazer pra se tornar a pessoa que você deseja ser. As vezes é ir numa festa sabendo que você vai apanhar dos amigos atletas do ricaço da escola, as vezes é descobrir que se pode viver sem pegar emprestado coisas de pessoas que nem gostam tanto assim de você, ou ás vezes é servir de chaufer para o encontro do amor da sua vida com outra pessoa, mesmo que isso parta seu coração.


A trilha sonora, que há uns anos atrás seria considerada brega, nessa moda oitentista de agora é nada além de muito cool, com versões sintetizadas de Rolling Stones e Elvis Presley.


E apesar de o final ser realmente apressado, esse filme supera o gênero e entra pro hall daqueles que você pode assistir vinte mil vezes sem nunca enjoar.



PS: A cena do primeiro beijo pode ser considerada no mínimo antológica.

6 comentários:

Renata disse...

Eu adoro Ferris Buller's blá blá e gatinhas e gatões e namorada de aluguel mas todos esses outros que vc falou eu nunca vi...

Parecem ótimos, eu adoro filmes teens antigos =]

la texana disse...

mas skow supera todos! falando sério.

Cavalinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cavalinho disse...

Pessoalmente, Clube dos Cinco é o melhor dos filmes de Hughes... mesmo que acredite em Ferris como o símbolo da juventude americana dos anos 80.

Juliana disse...

Concordo plenamenteeeeeeeeeee....amo este filme e já o assiti várias vezes...gostaria muito de saber a trilha sonora....ou o nome das músicas maravilhosas que tocam durante as filmagens. Valeu Juliana
juiesbik@gmail.com

Anônimo disse...

Após assistir 150 vezes ainda acho a melhor cena a do clube, onde ela prefere se afastar a ser motivo de ódio dele.
vou continuar assistindo pra ver se mudo de idéia rs...

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